segunda-feira, 18 de maio de 2009

Certas coisas acontecem na vida da gente que não podem ficar sem registro. Acontecem na minha vida, na tua e na de todos. Nem todos conseguem dar a si tempo para fazer destes acontecimentos um registro. Muitos dizem que quem vive do passado é museu. Se tu levar na ponta do lápis esta expressão pode até ser que ela se torne verdadeira, mas se tu deres a ela a amplitude que ela pode atingir verás que ninguém vive a plenitude da vida sem reviver o passado. Coitado daquele que não tem um passado que queira reviver. Não viveu, pelo menos não foi feliz uma vez só na vida. Quem não tem uma recordação que traz aquele tempo? A primeira namorada, o primeiro beijo, o primeiro baile (sou do tempo da reunião dançante, do baile, da matinê, do passeio de carro nos bairros, para azarar as garotas, como se diz atualmente, azarar.)

Bem, num dia destes saí para uma tradicional caminhada, aquela do dia a dia, foi num Domingo. Ia Eu ouvindo meu MP3, é claro só musica do tempo do EPA, do meu tempo é claro, quando ao me aproximar de uma local no qual minha juventude viveu momentos inesquecíveis, assim como se uma força invisível, uma mão do destino, ou sei lá que nome se pode dar a este tipo de coisas que sempre acontecem, inicia-se no MP3 uma musica que marcou, exatamente naquele lugar, um momento vivido de extrema alegria e prazer. Segura coração! Escorei-me na cerca que circunda o local e ali dei vazão a uma torrente de emoções que só pode ser compreendida por quem de alguma forma já tenha sentido o mesmo. É algo que não se descreve. É algo próprio. Sensação semelhante ao odor que te traz uma recordação, uma luz que te leva a um tempo distante, uma cor, um vento, uma nuvem, um som. E junto com esta sensação vem uma vida passada, cheia de lembranças que dizem somente a ti milhões de coisas, coisas que para todos nada significam, bobagens, infantilidades, sentimentalismo besta, mas que para ti representam tudo. Pode parecer exagero, mas todos alguma vez na vida já sentiram a mesma coisa. Pobre daquele que diz não ter sentido. Se assim verdadeiramente foi, este com certeza não viveu, ou melhor, viver não valeu a pena.....

Alimentar este sentimento tem sido uma das coisas boas desta vida. Dizem que a felicidade é um conjunto de pequenos bons momentos. Acredito. Se tu só deres importância a estes bons momentos, com certeza viverás feliz. Se for possível não sei. Eu tento pelo menos.

Saudações.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Oka, vamos nessa. Mesmo parecendo estranho, devo dizer que o Audax 300 foi mais fácil do que o de 200. Penso que talvez tenha sido devido ao horário, à noite o desgaste é menor, portanto o desempenho passa a ser melhor (grande novidade...).

Bem, confesso, foi uma experiência agradável. Consegui andar com uma dupla que desenvolvia um bom rítmo, grudava atrás deles e poupava energia até onde fosse possível, depois eles abriam e chegavam uns 5 a 8 minutos na minha frente o que não desmerecia ninguém, pois o objetivo é chegar dentro do tempo limite. Apesar da chuva, não tinha vento forte e o frio estava suportável. Havia Lua Nova e não obstante a presença de núvens, poderíamos estar sem o faról que não haveria problemas de visibilidade.

Preciso dizer que no final meus joelhos estavam doloridos e em consequência tive que diminuir o rítmo, mesmo assim cheguei com folga. Levei 15:30h para completar os 300km, contando tempos de parada para lanches e etc... Do total de 32 pessoas que chegaram até o final sòmente 9 chegaram antes de mim. Mas aí galo véio, tu estavas com os cascos afiados, apesar de que galo não tem cascos..., diriam meus parceiros.

Depois desta aventura já começo preparar o espírito para o desafio dos 200km de Santa Teresa. Meus colegas sabem do que se trata. Fui vencido por este desafio, mas não derrotado. Por algum motivo, que não descobri, pipoquei, pinguei, como diz o Boff, e não consegui chegar nem as 100km. Prometi naquela ocasião que repetiria o trajeto e desde já vou dizendo. No feriadão de 7 de Setembro às 05:00h da manhã estarei enfrentando novamente as estradas tortuosas lá pelas barrancas do Rio das Antas. Me aguardem....